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7 dicas para exercer uma liderança empática no home office

  • Foto do escritor: EmpsiJr
    EmpsiJr
  • 24 de jul. de 2020
  • 6 min de leitura

Você está sendo um líder empático no home office?

Confira 7 dicas para aprimorar seu relacionamento com o time!


A liderança é uma ferramenta estratégica da Gestão de Pessoas. Ela é caracterizada pela capacidade de influenciar pessoas e equipes nas organizações, de modo a estimular na realização de projetos e propósitos. Em um período de incertezas políticas e econômicas, em que o medo paralisa as capacidades e adoece psicologicamente os funcionários, e o home office se torna cada vez mais uma alternativa a ser mantida no “Novo Normal”, é preciso ainda mais de um(a) guia, de um(a) líder capaz de unir, tranquilizar e engajar. Logo, em um cenário que a capacidade de adaptação tem sido vital para as organizações, aqui vão umas dicas para verificar se sua liderança tem sido empática e, caso perceba algumas lacunas, estratégias para adaptá-la neste período remoto.


  • Pergunte, escute, compreenda: A habilidade social de comunicação que antes era tão orgânica ao passar pelo refeitório e encontrar um colega desanimado, abrir um sorriso para ele e perguntar como a mãe acamada no hospital estava se sentindo, ou até mesmo dar um abraço em amigo pelas felicitações de seu aniversário, parece ser um passado distante. Agora, as reuniões são densas, comunica-se apenas para demandar ou verificar os encaminhamentos. Lembra daquele funcionário que está com dificuldade com prazos? Você sabe se ele está precisando de alguma ajuda? Fortaleça o seu relacionamento com os demais funcionários perguntando a eles como está sendo o período remoto, peça feedback e dê feedbacks. É extremamente necessário que um líder, principalmente durante o modelo de home office, consiga exercer uma comunicação aberta e livre de julgamentos com os colaboradores da sua empresa. Busque compreender o que você pode fazer para ajudar e quais ações você pode praticar para tornar a relação de líder - equipe o mais agradável possível.



  • Engajamento é o motor da motivação: Funcionários engajados são funcionários motivados! Todos tem algo para acrescentar e/ou para discordar, e o poder de fala somado a percepção de ser ouvido, leva a um sentimento de pertencimento ao grupo, gerando um maior engajamento. Reuniões remotas com grande número de pessoas pode gerar constrangimento e receio em se expor. Logo, é interessante que haja algumas reuniões menores para serem discutidas novas ideias, onde haja maior espaço de fala. De acordo com John Adair, referência nas teorias acerca da liderança, “motivação” vem do verbo latino “mover”, assim, motivar pessoas significa mobilizá-las para fazer algo, no entanto, para que o líder seja capaz de motivar sua equipe, deve ter conhecimento de suas necessidades individuais. Além disso, procure planejar as reuniões com antecedência, estabeleça as pautas e determine um tempo aproximado de duração para cada uma, para que seja possível otimizar a abordagem de cada tópico, para que não ocorram atrasos excessivos.



  • Rotinas individuais demandam flexibilidade : Busque compreender a rotina do seu time. A rotina, que era praticamente a mesma para todos, agora tem suas particularidades. Antes um horário de almoço de uma hora podia ser suficiente, agora deve-se tentar compreender as individualidades de cada um, as vezes nesse tempo o indivíduo precisa fazer o almoço e cuidar do irmão mais novo que também está em casa. Construa uma planilha de disponibilidade para que todos os funcionários consigam elencar quais são seus horários disponíveis e indisponíveis, assim, será possível acessá-la sempre antes de marcar uma reunião, escolhendo um horário que seja favorável para todos.


  • Entenda que cada pessoa do seu time é única: Tente compreender que cada integrante do seu time tem a sua própria forma de pensar, agir e sentir. A diversidade é um ponto muito importante e é um dos fatores que auxiliam a equipe a ser inovadora, uma característica que todo líder gostaria de ter em sua equipe. Mas, ao mesmo tempo é um desafio compreender que uma mesma situação pode atingir de maneiras diferentes cada um dos colaboradores. O trabalho remoto pode ser desgastante e estressante para alguém, enquanto outro acha que é a melhor forma de trabalhar e se sente muito feliz. Fique atento a comportamentos que indiquem que alguém pode estar insatisfeito ou com dificuldades diante de alguma situação do trabalho. Ao diagnosticar que alguém está com problemas, converse com essa pessoa, tente entender o que ela pensa sobre a situação e como vocês podem construir juntos algo para ela se sentir melhor. Não existe uma solução padronizada, cada solução deve ser personalizada para os problemas de cada pessoa.


  • Pratique o automonitoramento: A forma como você expressa que está desconfortável, que não gostou de algo ou quando precisa resolver conflitos e problemas interpessoais irá influenciar muito na dinâmica, confiança, produtividade e motivação da sua equipe. É essencial que você consiga identificar as situações que você se comporta de maneira impulsiva, aquelas em que perdemos o controle dos nossos comportamentos e emoções. Registre em um bloco de notas a situação, quem estava presente quando aconteceu, o que você estava pensando no momento, como você se sentiu, quais as consequências de agir assim e como você poderia agir melhor da próxima vez que essa situação acontecer para ter consequências positivas. Esse automonitoramento ajuda você a observar, descrever e interpretar os seus próprios comportamentos para inibir essas reações impulsivas, como perder o controle com alguém, ser grosseiro ou outro comportamento que prejudique a sua relação com os integrantes da equipe. Como dizia o grande consultor administrativo William Edwards Deming “não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”.


  • Não tenha medo da sua vulnerabilidade: Somos todos vulneráveis e sujeitos a dias de desânimo, cansaço e indisposição. Além disso, estamos vivendo um período atípico de muita instabilidade, algumas situações provavelmente não estarão dentro do seu controle. Tudo bem não estar tudo bem. Não se julgue menos competente por ser humano. Utilize sua vulnerabilidade a seu favor, se abra com a sua equipe, não tenha medo de expor seus momentos de cansaço e solicitar ajuda do seu time. A sua confiança em não temer em expor a sua vulnerabilidade te aproximará do seu time.


  • Sobrecarga feminina: Se você é uma líder mulher provavelmente entenderá muito bem o que será dito, caso você seja um líder homem, esta dica será de extrema importância para que você tenha uma visão apurada sobre uma provável situação que as funcionárias tem lidado. Socialmente é imposto que a mulher é a cuidadora do lar, tendo afazeres domésticos e de cuidado com os moradores da casa. Ao trabalhar em casa, é comum que além do trabalho remoto, as mulheres concentram todo os serviços de cuidados e afazeres doméstico para elas. Logo, é muito provável que as mulheres da equipe estejam sofrendo com a sobrecarga, o que pode levar a adoecimento psíquico. Se você é uma líder mulher, se reúna com as outras mulheres da equipe, dê a elas um espaço de desabafo, muitas vezes negado em período remoto, ajude-as a buscar um diálogo em casa, a fim de dividir as tarefas com todos. Se você é um líder homem, convide uma mulher do seu time que tenha influência para fazer esta reunião com as outras mulheres. Além disso, incentive os homens da sua equipe a tomarem a iniciativa de se responsabilizar também pelas tarefas domésticas.


Após ler essas dicas, você acredita que sua liderança está sendo afetada negativamente pela crise e pelo trabalho remoto? Fique tranquilo (a)! O primeiro passo para aprimorar um comportamento é identificá-lo. Escreva o que acredita que possa ser melhorado, e peça um feedback da sua equipe. Muitos líderes eficientes modificaram conscientemente seus comportamentos com o objetivo de exercer melhor suas atividades, de modo que líderes eficientes possuem habilidades aprendidas, atitudes desenvolvidas com a prática, alinhando e direcionando pessoas para os propósitos organizacionais! Se tiver mais interesse em se aprofundar neste assunto nossa equipe da EMPsi Jr está à disposição para te auxiliar e sanar qualquer dúvida!


Referências:

DEL PRETTE, A., DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais e habilidades sociais: Vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2011.

DEL PRETTE, A., DEL PRETTE, Z.A.P. Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação. Petrópolis: Vozes, 2017

GIRARDI, D.; SOUZA, I., M. & GIRARDI, J., F. O processo de liderança e a gestão do conhecimento organizacional: as práticas das maiores indústrias catarinenses. Revista de Ciências e Administração, v. 14, n. 32, p. 65-76, abr 2012.

ADAIR, J. Como se tornar um líder. São Paulo: Nobel, 2000.

NEGREIROS, Suéllen Dias; OLIVEIRA, Felipe Moura; SILVA, Emanuel Alcântara da. Gestão de Pessoas e a Singularidade dos Indivíduos: uma Reflexão sobre o Trabalho e a Subjetividade. Psicologado, [S.l.]. (2018). Disponível em https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-organizacional/gestao-de-pessoas-e-a-singularidade-dos-individuos-uma-reflexao-sobre-o-trabalho-e-a-subjetividade . Acesso em 9 Jul 2020.

HARDINGHAM, A. Trabalho em equipe. São Paulo: Nobel, 2000.


 
 
 

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